quinta-feira, 6 de outubro de 2016

QUEM É ELA?

Pensei que eu a amava, pensei que tudo nela era aproximação... Mais não, de perto (bem de perto mesmo) ela tem sido um dos maiores males da atualidade. As vezes ela é adorável, necessária, une o mais longínquo ser a outro. Mais ela tem sido meio também de disseminação do ódio, da distância daqueles que estão perto, pois não se consegue mais se encontrar, porque (para muitos) a presença física passou a ser desnecessária depois dela. Por causa dela, amigos não se reconhecem mais, não se sabe mais quem são, não se vêem mais, ela nos emburrece e nos tira o poder da seleção, as pessoas viram apenas aquilo que escrevem, porque não se tocam mais, não se olham mais, não se abraçam mais, sentimentos e expressão do mesmo viraram coisas ultrapassadas. Está se vendo um mundo cada vez mais escassos de relacionamentos pessoais e verdadeiros pois ela para nós, se tornou "necessária e suficiente" mas, para mim ela me distanciou de muitos daqueles dos que amo! E como não sou ingrata, posso dizer que ela também me aproxima um pouco daqueles que não posso ter por perto sempre que a saudade bate...  O problema é que nós (humanos) perdemos o discernimento,  e nos distanciamos de tal modo uns dos outros logo quando mais nos carecemos de presença.
Vizinhos não sentam mais em calçadas e nas raras exceções cada um está com um celular na mão e não se olham entre si, amigos não se visitam, os namoros mal se enamoram fora do contexto dela, se contentam com os emoticons de corações e rosinhas; as famílias são mais fotografias de felicidade exposta por meio dela do feita de uma real felicidade. Perdoe-me a #COMUNICAÇÃO e o jeito de se comunicar atualmente, mais vc trouxe 95% de distância para os próximos e 5% de aproximação dos próximos que estão distantes.  Não gosto mais tanto de você assim #INTERNET!

(Texto: Bebel Tavernard)

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